terça-feira, 6 de novembro de 2012

1889 - ADOLF HITLER BEBÊ


Pouco se sabe sobre sua vida no período do nascimento até à entrada na política, logo após a Primeira Guerra Mundial. Em 1930, dirigindo-se a opositores políticos, declarou "Não podem saber de onde e de que família venho". Hitler envergonhava-se manifestamente das suas origens humildes. Parece não ter feito nada de relevante até o momento em que iniciou a sua vida militar. As suas declarações em "Mein Kampf", sobre a sua infância, serviram sobretudo para promoção pessoal e são, por isso, pouco confiáveis.
Adolf Hitler morava numa pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que à época era parte do Império Austro-Húngaro. Seu pai, Alois Hitler, que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até seus quarenta anos, o pai de Hitler usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber. Em 1876, passou a empregar o nome do seu pai adotivo, Johann Georg Hiedler, que teria sido alterado para "Hitler" por erro de um escrivão. Adolf Hitler chegou a ser acusado, por inimigos políticos, de não ser um Hitler, mas sim um Schicklgruber. A própria propaganda dos aliados fez uso desta acusação ao lançar vários panfletos sobre diversas cidades alemãs com a frase "Heil Schicklgruber".
A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Este a trouxera para sua casa para tomar conta dos seus filhos, enquanto a sua outra mulher, doente e prestes a morrer, era cuidada por outra pessoa. Depois da morte desta, Alois casou-se, pela terceira vez, com Klara, depois de ter esperado meses por uma permissão especial da Igreja Católica, concedida exatamente quando Klara já se mostrava visivelmente grávida. No total, Klara teve seis filhos de Alois. No entanto, apenas Adolf, o quarto, e sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram à infância.
Adolf era um rapaz inteligente, porém, mal-humorado. Por ser desde cedo boêmio, foi reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de Linz. Ali, começou a acalentar ideias pangermânicas, fortalecidas pelas leituras que o seu professor, Leopold Poetsch, um antissemita bastante admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou vivamente.
Hitler era devotado à sua complacente mãe e, presumivelmente, não gostava do pai, que apreciava a disciplina e o educava severamente, além de não compartilharem muitas ideias políticas. Em "Mein Kampf", Hitler é respeitoso para com a figura de seu pai, mas não deixa de referir discussões irreconciliáveis que teve com ele acerca da sua firme decisão em se tornar artista. De fato, interessou-se por pintura e arquitetura. O pai opunha-se firmemente a tais planos, preferindo que o filho fizesse carreira na função pública.
Em janeiro de 1903 morreu Alois Hitler, vítima de apoplexia. Em dezembro de 1907 morreu Klara, de cancro, o que o teria afetado sensivelmente.

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